Escondido no finzinho da Rua Carneiro Vilela, próximo ao recém inaugurado Ursa, está um dos mais curiosos e saborosos restaurantes do Espinheiro. O Comaqui Su Na é um dos únicos lugares onde se pode comer comida taiwanesa no Nordeste.
A casa comandada pelo casal Mário e Su Na tem ambiente familiar, sem luxos, é imperdível para quem gosta de experimentar novos sabores.
O cardápio é bastante enxuto, mas vai do bastante curioso ovo centenário – foto em destaque – a um tradicional frango empanado, prato mantido no cardápio para agradar quem não tem hábito de experimentar opções mais diferentonas quando vai a um restaurante novo.
O ovo de pato que passa 49 dias enterrado envolto numa mistura de argila, sal, cal, cinzas e amido de arroz é importado de Taiwan, custa R$ 18. Mário não confia no produto vindo da China.
Mas existem no cardápio diversas outras possibilidades menos exóticas. O Xiao Long Bao, um pão cozido no vapor recheado com carne suína, camarão e gengibre, é uma delícia. Praticamente tudo lá vem acompanhado de dois molhos, um de pimenta e outro de soja, neste caso o primeiro é o ideal para acompanhar essa entrada.
Xiao Lonq Bao vem em porções de seis (R$ 25) ou oito pães (R$ 32) (foto: Eduardo Amorim/PorAqui)
Casados há 26 anos, Mário (originalmente Chien Chin Te) é responsável pelo atendimento e ajuda em alguns pratos, já sua esposa Cheng Su Na é a cozinheira. Ela aprendeu as receitas na ilha do Sudeste asiático, onde trabalhava em um restaurante japonês.
Ele foi buscá-la na sua terra, depois de um contato feito inicialmente pela mãe e sua irmã para se casarem e se estabelecerem aqui no Brasil.
No Brasil, ele já trabalhou no comércio e em restaurantes chineses e japoneses. Há sete anos, os dois mantém essa casa que até hoje é frequentada basicamente por asiáticos e por gente que realmente gosta da comida de Taiwan. O Comaqui Su Na fica escondidinho, não tem placa na frente e ainda fica numa contramão clássica do Espinheiro.
Simpático casal taiwanês está à frente do Comaqui Su Na (foto: Eduardo Amorim/PorAqui)
Um dos pratos mais pedidos da casa, o Bazan é um arroz moji (aquele grudadinho da culinária oriental) com shitake, amendoim, carne suína, embrulhado na folha de bambu. É uma boa pedida para entrada (R$ 14).
Como os pratos são pequenos, o ideal no Comaqui é ir em grupo e todos dividirem algumas comidas para sair de lá conhecendo diversos sabores novos.
Outros pratos bastante populares são o Lamen Taiwanês, que Mário faz questão de explicar que é diferente do chinês e leva moyashi, frango e molho de soja. Ou o guiosa recheado com carne suína e camarão, que pode vir nas versões cozida ou na chapa (frito).
Lamen Taiwanês (foto: Eduardo Amorim/PorAqui)
Para beber, vale a pena experimentar os chás de jasmin, preto ou de jasmin misturado com chá verde. O Comaqui ainda oferece alguns produtos importados de Taiwan como uns saquinhos de ervilhas crocantes e salgadas.
Em uma região do Recife recheada de opções asiáticas, o que diferencia o restaurante é o tempero e o sabor dos pratos salgados preparados por Dona Su Na. Relembre aqui o guia completo dos restaurantes asiáticos nos Aflitos e no Espinheiro.
Comaqui Su Na
Rua Carneiro Vilela, 107, Espinheiro
Fone: (81) 3427-2327
Diariamente, das 12h às 15h e jantar por reserva
O jornal de bairro evoluiu. No PorAqui, você encontra estações de conteúdo hiperlocal e colaborativo.
Para baixar o aplicativo: Android e iOS
Sugestões e colaborações: aflitos.espinheiro@poraqui.news
Pingback: 5 motivos para curtir o Armazém Centenário, no Espinheiro | Aflitos | Espinheiro
Pingback: Mais de 50 sabores de tapioca | Aflitos | Espinheiro
Pingback: Aflitos, Espinheiro e Tamarineira já reúnem mais de 200 histórias no PorAqui | Aflitos | Espinheiro
Pingback: Plataforma publica noticias hiperlocales con red de productores de contenido en Recife | E. Martinchuk
Pingback: Plataforma agrega notícias hiperlocais com rede de produtores de conteúdo em Recife e quer se expandir pelo Brasil | Jornalismo Sem Fronteiras